Desde há alguns anos a esta parte que alunos com motivações muito fortes para acederem a licenciaturas cujas classificações de entrada são elevadas e, cumulativamente, possuem condições económicas para o fazerem, inscrevem-se em instituições de ensino privadas. Este fenómeno acentua-se fortemente nos meios urbanos vizinhos das grandes cidades, muito à custa da existência de uma classe social média-alta. Esta diáspora deve-se a quê? Partem porque essas instituições “garantem” médias elevadas. Embora se possa questionar algumas estratégias utilizadas por essas instituições, como o aconselhamento aos alunos com aproveitamento pouco positivo a abandonar e matricularem-se no ensino público (inevitavelmente!), a sua maior perversidade tem sido a influência na galopante inflação das médias finais do secundário. Claro que, havendo possibilidade económica por parte dos pais para suportar as propinas, os melhores alunos frequentam essas mesmas instituições garantindo, à partida, as médias class...
Contributo para o entendimento de uma avaliação diferente Os critérios da avaliação normativa versus avaliação sistémica Um dia qualquer de Abril de 2005… “…devíamos passar menos tempo a classificar as crianças e mais tempo a identificar as suas competências e dons naturais, e a cultiva-los.” (Goleman, 1995) Gostava de lembrar os leitores que, hoje em dia, a ciência pode ser rigorosa sem recorrer somente à linguagem matemática, que a inteligência tem um entendimento mais holista e diversificado(1), que o método experimental já não é o único aceite entre a comunidade científica e que os métodos ecológicos e de estudo de caso são hoje comuns em teses de mestrado e doutoramento, e que, enfim, a complexidade já não é tão complicada (2) e inextricável que não possa ser estudada e tornar-se inteligível (3). Os critérios de avaliação utilizados na maioria das disciplinas são, quanto a mim, portadores de uma visão redutora, assentes no paradigma cartesiano (4) e positivista (5) que vê o alu...